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Foto do escritorFlavia Pinheiro Zanotto

Porque as revistas estão pedindo com mais frequência rever o inglês

Atualizado: 5 de out. de 2022


Vocês tem percebido que as revistas internacionais, com publicação em inglês, têm cada vez mais reclamado do inglês dos artigos submetidos, mesmo que estes estejam compreensíveis, porém não escrito da maneira que eles exigem? E assim mesmo não entendemos como eles querem que esteja escrito? Digo isso para as áreas biológicas, médicas e biomédicas...

Se tornou padrão que exijam que o texto seja “revisto por um nativo” e, logicamente, isso inclui revisar com as empresas que eles sugerem e que, ainda por cima, cobram em dólar, que está cada vez mais caro para nós brasileiros...

E quantas vezes ouvimos colegas que submeteram artigos comentar que fizeram a revisão com colaboradores que são nativos (americanos ou ingleses), e que, mesmo assim, receberam a reclamação dos editores para revisar o texto por um “nativo”? Ou mesmo aqueles que fizeram com empresas lá fora (AJE , Editage, etc) e ainda assim o inglês foi criticado?

Tenho também colegas do mundo acadêmico que publicaram em boas revistas internacionais por anos e anos a fio e, de repente, após centenas de artigos já escritos e aceitos, as revistas começam a reclamar do inglês. Como assim? Eles estão cada vez com mais prática para publicar e escrever em outra língua e recebem esse tipo de crítica depois de anos? Soa ao menos estranho...


Tenho pequenos comentários rápidos a fazer:

1. Escrever o inglês gramaticalmente perfeito precisa de alguém que fez curso específico para isso (letras, tradução, etc) e mesmo assim, quantos dos pesquisadores de língua inglesa escrevem de maneira gramaticalmente perfeita? Aqui mesmo no Brasil, quem escreve um português perfeito? Difícil encontrar... 2. Esse tipo de crítica das revistas envolve uma falta de compreensão da dificuldade de se escrever em outra língua e publicar em uma revista internacional. Se trata de discriminação, e escrever um inglês que seja compreensível devia bastar, e não gramaticalmente e ortograficamente impecável. 3. Quando receberem esse tipo de crítica da revista, sugiro que digam para os revisores: sejam mais compreensivos e olhem para a qualidade, argumentação e redação do artigo, e não para um inglês perfeito e impecável, que poucos o fazem mesmo na própria língua. 4. Essa frequência de pedidos para revisar o artigo por “nativo” sugere associação entre empresas de maneira comercialmente vantajosa para eles... Como sempre, tentamos fazer boa ciência e publicar em revistas internacionais e estas ainda exigem uma perfeição da escrita que não soa justo... ⛔️ ❌ 🆘

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